quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Fragilidade em rascunho

Contento-me com os dias claros que já passaram
Incessante busca por entre ruídos impossibilitam evoluções
Frustram o que poderiam ser incentivos
Moldando em desgosto a inspiração temporária

Sorriso desfeito
Meus olhos procuram mais uma vez o chão
Um céu sem nuvens se formou
A volta para casa está cada vez mais pesada

Os dias claros se dissiparam
Não os sinto como leveza, apenas como consolo
Uma leve lembrança esconde o fardo do que virá
O futuro que nunca será

Já é passado o que disse sobre dias claros
No chão permanece o que foi derrubado
Um corpo surrado e sem valor
No céu frio egoísta que criei abaixo de tudo

São inferiores os dias citados
Neles alcei à ira retraída em asco
Sendo o que realmente me encanta
Abandonado a glória humana

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O meio deselegante do comportamento

Ríspido, chato, antiquado... Logo... Inapto a essa forma/ser que hospedo.
Sem vontade de ser a maioria e totalmente sem saco para suportar a massa pedante predominante na minoria. Hostil, por ser hostilizado aos olhos alheios preocupados unicamente em mostrar, mostrar, mostrar! Eu, eu, eu! Nunca compartilhar. A aglomeração insuportável de ‘multi-tudo’ (entende-se também como classificação ilusória a artistas de diversos talentos) que prolifera em cada poro da vida artificial, que também habito, eleva cada vez mais o meu asco as vistas interessadas em algo mais. Não há algo mais aqui! Portanto nem perca seu precioso tempo se acha que uma revolução começará ou se você ‘gênio’ revolucionará algo além do seu próprio ego. Ego cada vez mais inflado, sufocando sentimentos, deixando invisível o rosto que um dia foi inocente o suficiente para causar frisson entre adultos (óóóóóóóóóóó que fooooofoooo). Se fosse possível prever o que acontece com cada indivíduo, entenda da maneira mais egoísta e apática, a terra estaria livre de muita coisa. Não sou o único com esse sonho, nem o único que disse isso, mas não quero inovar em nada o que não inventei, não domino, não sei e não tenho interesse nenhum em me aprofundar... Simplesmente fácil de usar e de livre acesso, o suficiente para me apoderar da ferramenta e apunhalar em estocadas violentas o que me atinge, ou tenta atingir.
Meu humor é ótimo, vai bem obrigado, mas a questão é que o foda-se e o vai se foder vão bem a calhar agora. Isso até me dá inspiração nova para encher isso aqui de poeminhas fúteis de desilusões inúteis... Pois é.