sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Desfilo no tempo enquanto ele não acontece

Reflexo do que restou
Vou desfilando pelo tempo que não acontece
Romance as favas
Encanta o que contradigo em tudo o que digo
Seguindo dividido
Vou iludindo o que é claro com incertezas
Nascendo de tudo o que sempre quis e nunca vou ter
Não há ninguém nesse caminho
Nem todos acreditam em destino
Enquanto reclamo... Vou me despindo!
De fantasias e fardos mais pesados que o medo de não ter sido
Não tenho esse medo
Ele não faz sentido
Um dos poucos alívios que carregam meu espírito
Deixa vago um precioso espaço
Logo vai ser preenchido por outra ilusão
Levantando um sorriso forçado
Vai ser desmanchado antes que venha a próxima estação
Do que me sobra nada é levado a sério
Continuo a me esgueirar pelo limbo
Criado em fantasia e falsos momentos vividos
Onde corpo se locomove
Educado sempre que preciso
Em busca do seu combustível
A venda em emoções baratas que...
Cedo ou tarde insistem em querer um espaço
Já que a imensidão nunca vai se preencher
Não com o que realmente me faz feliz
Entrego ao acaso a oportunidade de emergir do vazio
É tranqüilo aqui apesar do frio
Vou dando voltas descompromissadas
Enquanto o futuro aflito tenta me despertar
Jogando ao ar possibilidades na esperança de que me agarre
Sei o que é um fim
Onde tudo vai estar quando acabar
Isso devia alterar o que sinto
Bom saber que sinto
Mas não vou mudar o rumo a que tudo está destinado
Isso porque nem acredito em destino
Deixo meu corpo seguindo
Abro fendas onde estão demarcados sorrisos
Marco no X meu nome como estão me pedindo
Entrego o que sobrar do que disse e não disse
Em qualquer lugar que me dê abrigo

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